31.5.06

Waves in Fluids I

Pois bem amigos, começou hoje o WORKSHOP WAVES IN FLUIDS pontualmente no horário estabelecido. Por aqui posso dizer que se tem inglês de algumas regiões do globo, fato que me prejudicou num primeiro momento, no entendimento da mensagem de cada um. Entretanto, estou gostando muito, apesar de ter sido um assunto que tratei durante o mestrado, me faz relembrar alguns devaneios :P.
Das palestras que estive presente hoje eu gostaria de destacar a do Prof. Roger H. J. Grimshaw, do Dept. Mathematical Sciences, Loughborough Univ, UK - Internal solitary waves in the atmosphere and ocean. Foi realmente fascinante saber que as nuves formam padrões que refletem o comportamento solitônico. Minha ignorância não havia deixado ainda saber que se encontra sólitons até nas nuvens, cômico não?!! heheehh. Não vou ficar aqui demonstrando as contas, mas pelo que entendi estas formações ocorrem devido a ação do vento, da topografia e da gravidade basicamente. Elas tem um comprimento de onda da ordem de 5.6km e podem ser tratadas pelo modelo, quase jurássico, do método de múltplicas escalas. Isto mostra como este tratamento é poderoso e foi desenvolvido, se não me engano, no final de 1800. Ainda hoje fornece informações relevantes.
Outra legal de hoje foi a do Prof Esteban Tabak do Courant Institute of Mathematical Sciences, New York, USA - A coarse graining approach to quantifying mixing instratified flows. Nos mostrou a importância de quantificar a mistura entre fluidos com diferentes propriedades na modelagem da dinâmica climática. Como esta medida é uma tarefa muito dificil de realizar, ele nos apresentou uma alternativa para modelar a misturia de fluidos tendo como base a física estatística.
Claro que também devo destacar a qualidade do "coffee break", não é muito ético mas atire a primeira pedra quem nunca ficou ansioso por esta hora!! O fato do destaque se deve ao tema tropical da mesa, tema que foi elogiado por alguns professores e serve para mostrar aos "gringos" o que o Brasil tem de bom. Infelizmente no final da tarde eu peguei uma inflamação danada na garganta e não posso garantir chegar amanhã no horário estabelecido, mas tentarei.
Que venha o próximo dia!!

30.5.06

Waves in Fluids

Começa nesta próxima quarta-feira (31 de maio) no IFT o Workshop on Waves in Fluids organizado pelo IMPA - Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - USP e pelo Instituto de Física Teórica - UNESP. O evento acontecerá nas instalações do IFT e seguirá até o próximo dia 02 de Junho com diversas palestras na área. Dentre elas detaque para o John Bush, que é amplamente divulgado na imprensa científica da área e tem material na página dele http://www-math.mit.edu/~bush/ . Também para Roger Grimshaw, que é um senior em mecânica dos fluidos e Geoff Vallis, do Laboratório de Mecânica de Fluidos Geofísicos da Universidade de Princeton e acaba de lançar um livro que pode ser baixado diretamente da sua página com a última edição datada de 06 Abril de 2006 http://www.princeton.edu/~gkv/.
Na página do Workshop, é possível acessar o programa, bem como informações relevantes para quem deseje participar. Não posso garantir que estarei em todas as palestras, mas prometo comentar aqui algumas que achei interessantes. Sintam-se convidados!!

Unicamp pesquisa interação luz-som

Por Eduardo Geraque

Qualquer protagonista de uma transmissão por fibra óptica espera que a informação em forma de luz emitida pela fonte geradora chegue ao destino. O problema é que, no mundo da física, muitos fenômenos indesejáveis podem ocorrer no meio do caminho e obstruir o percurso. O espalhamento de Brillouin estimulado - o físico francês Marcel Brillouin (1854-1948) foi um entusiasta das pesquisas em mecânica quântica - é um desses problemas que surgem por causa da interação entre luz e som dentro de uma fibra óptica. O fenômeno é deflagrado quando o campo elétrico gerado pela luz se torna suficientemente intenso e passa a gerar novas ondas acústicas, que passam a interagir ainda mais com a própria luz. Em termos práticos, conforme explica Hugo Fragnito, do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o espalhamento de Brillouin, nesse caso específico, faz com que parte da luz emitida pela fonte geradora seja barrada e enviada de volta ao ponto de partida. Esse ruído impede que toda a informação transmitida chegue ao seu destino ou exige mais potência no início do processo. Para controlar o efeito nesse caso, o grupo do CePOF-Campinas desenvolveu um trabalho em parceria com cientistas da Universidade de Bath, no Reino Unido, um dos maiores centros mundiais em fibras fotônicas de cristais nanoestruturados. Os resultados, altamente positivos, foram apresentados na semana passada na versão on-line da revista Nature Physics e sairão em junho na edição impressa da publicação.
"Basicamente, o que conseguimos foi mostrar que o diâmetro do núcleo das fibras, desenvolvidas especialmente para esse estudo, afeta diretamente o efeito de Brillouin", explica Fragnito à Agência FAPESP. O primeiro autor do trabalho é Paulo Dainese, também do CePOF-Campinas, que passou três meses estudando em Bath, no grupo de Jonathan Knight, que também participa do estudo e que tem em seu currículo o feito de ter montado a primeira fibra óptica fotônica do mundo, por volta de 1995.
No caso da pesquisa agora publicada, o grupo provou que, quando as microestruturas do núcleo da fibra são feitas com 1,22 nanômetro de diâmetro, o limiar para que o efeito de Brillouin comece a ocorrer é cinco vezes maior em relação aos núcleos maiores, da ordem de 9,27 nanômetros, por exemplo. "Isso é importante, porque abre novas oportunidades para se pensar em controlar melhor essa interação entre som e luz que ocorre dentro das fibras", afirma Fragnito.


O artigo Stimulated Brillouin scattering from multi-GHz-guided acoustic phonons in nanostructured photonic crystal fibres pode ser lido por assinantes no site www.nature.com/naturephysics.

46% dos cotistas zeram em vestibular

FÁBIO TAKAHASHI
Quase a metade dos 1.152 candidatos que disputaram vaga por sistema de cotas no último vestibular da Universidade Federal de São Paulo foi eliminada por ter zerado em ao menos uma das provas.
Dos cotistas, 531 (46%) não acertaram nenhuma questão em ao menos uma das provas, aponta estudo da universidade ao qual a Folha teve acesso.
Entre os não-cotistas, o percentual foi de 22,7% (14.217 inscritos e 3.235 desclassificados por terem tirado zero).
O número de eliminados foi tão grande que 11 das 46 vagas não foram preenchidas (seis sobraram porque os aprovados não comprovaram sua etnia).
A federal de São Paulo, uma das principais escolas da área de saúde do país, reserva 10% das vagas a candidatos afro-descendentes ou indígenas que estudaram em escola pública. O mau desempenho desses alunos faz com que a Unifesp acredite que o projeto do governo federal, que prevê cotas de 50% em todas as universidades federais, possa baixar a qualidade do ensino superior.
"Não há demanda qualificada para propor cotas de 50%", raciocina o pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello. "Não zerar no vestibular é o mínimo. Se for imposta porcentagem, qual será a saída? Deixar a prova mais fácil?"
O vestibular da federal de São Paulo, segundo o coordenador do curso Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, não é fácil nem impossível. "Exige desenvoltura do pensar."
O processo seletivo da Unifesp tem 130 testes de conhecimentos gerais, 25 questões discursivas de conhecimentos específicos e uma redação.

Agora quase todos podem

A gigante de processadores Intel confirmou neste sábado que lançará no Brasil o seu laptop de baixo custo, o Classmate, até então chamado de Edu-Wise. Um modelo do micro foi apresentado ao mercado brasileiro por ocasião da visita do CEO da empresa, Paul Otelini e custará em torno de US$400. A companhia também lançará no mercado local o desktop de baixo custo "Conheça el PC", projeto lançado no México com a distribuição de 300 mil máquinas no início do mês passado. As duas máquinas fazem parte da iniciativa World Ahead, anunciada pela companhia neste ano, que prevê investimentos de US$ 1 bilhão de dólares em treinamento de professores e distribuição de equipamentos para inclusão digital em países em desenvolvimento. O problema é que a proposta da Intel pode já perder a batalha antes mesmo do lançamento porque um concorrente (Classmate) da ONG OLPC (One Laptop per Child), que é chefiada pelo pesquisador Nicholas Negroponte, um dos fundadores do MIT (Instituo de Tecnologia de Massachusetts) e que deve usar processador da AMD e sistema operacional Linux custará a bagatela de US$100.


25.5.06

Calças brasileiras "provocam" aids em Moçambique

Esse post nao tem nada a ver com Ciência e sim com Consciência. Achei um absurdo as propagandas publicitárias veiculadas em moçambique associando calças ao vírus HIV.

A moda brasileira, muito popular entre as jovens moçambicanas, transformou-se em um assunto polêmico no país africano desde que uma campanha publicitária vinculou as calças justas à propagação da aids.

A campanha foi lançada pela Fundação para o Desenvolvimento das Comunidades (FDC), presidida por Graça Machel, viúva do ex-governante moçambicano Samora Machel e atual esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.

A mensagem do anúncio publicitário é a de que os adultos compram calças importadas do Brasil - conhecidas como "tchuna babes" - para jovens e adolescentes com o objetivo de ganhar "favores sexuais".

Os comerciais possuem frases como "Quem te dá uma 'tchuna babes' também te dá o HIV" e "Com a 'tchuna babes' você também pode ser portadora do HIV".

As calças, vendidas nos mercados da capital e em outros pontos do país e importada do Brasil por comerciantes nigerianos, caracterizam-se por ser muito justas e por marcar o corpo da mulher.

Na última edição da revista local "Domingo", a campanha foi criticada duramente. Para a "Domingo", a campanha indica que, para os criadores dos anúncios, "agora vale tudo".

Moçambique possui uma das taxas mais altas de infecção do HIV na África, calculada em 18% da população de cerca de 18 milhões.

Uma especialista em publicidade, Verónica Jona, atacou duramente a fundação responsável pela campanha: "A FDC perdeu a razão ao fazer este tipo de associação entre calças justa e aids".

Segundo Jona, essa campanha "não é digna de alguém que tenha estudado publicidade". "Também não é coisa de pessoas responsáveis", acrescentou. "Já não sabem como fazer publicidade contra a aids. Agora chegou a fase da desinformação", insistiu.

Para Fabrício Sabat, um estilista moçambicano, o verdadeiro problema da campanha da FDC é que ela conduz a um equívoco.

"Se alguém sai de Maputo rumo às zonas rurais (com alto índice de analfabetismo) dizendo que as 'tchuna babes' estão associadas ao HIV, as mulheres que usam esse tipo de roupa serão vistas como um elemento nocivo dentro dessas comunidades", disse Sabat à Efe.

Esse tipo de calça é tão popular que um cardeal da Igreja Católica, José Alexandre dos Santos, chegou a proibir a entrada de jovens que vestissem esse tipo de roupa nas cerimônias religiosas de sua paróquia. No entanto, as fiéis mais jovens continuaram assistindo à missa vestindo as "tchunas babes" brasileiras.

Segundo o jornalista moçambicano Bayano Valy, "é preciso censurar a publicidade de alguma forma", embora tenha afirmado que neste caso "há coisas sobre as quais ninguém quer falar".

"Todos sabem que as mulheres jovens saem vestidas decentemente de casa e depois passam pela casa de alguma amiga, mudam de roupa e se exibem na rua", opinou Bayano.

Sombra e água fresca....

Realmente a notícia caiu como um balde água geleada, e bem gelada, para o programa espacial brasileiro. Não demorou muito para ver na rede muitas reportagens sobre a aposentadoria do astronauta brasileiro Marcos Pontes. Para o governo restou "tapar o sol com a peneira", para nós restou aquele pequeno buraquinho no bolso de US$10 milhões. Se o objetivo da missão foi de divulgar o trabalho da Agência Espacial Brasileira (AEB) como parte de um programa de marketing o objetivo foi alcançado, mas bem que ele poderia ter esperado mais de um mês para pedir a aposentadoria não é? Além disso, acho que não "pega" bem o primeiro astronauta do Brasil se aposentar logo depois de um mês de retorno, já temos a fama de que só se acha aqui samba, futebol e festa. Imaginem só todas aquelas crianças vendo seu herói nacional aposentado antes mesmo de virar desenho animado...

Abaixo a opinião de alguns que defedem e que atacam:

Fonte: Jornal da Ciência
"...O presidente da SBPC, Ennio Candotti, que sempre criticou a missão do astronauta, reagiu com ironia ao afastamento de Pontes. "Agora ele deve vender bonequinhos", disse."
"...Tudo foi publicidade, algo muito parecido com fogos de artifício, que explodem e logo acabam", disse Candotti. Para a ciência, segundo ele, não haverá prejuízo. "A Aeronáutica é que pode perder um piloto, um operador."
"...O Procurador-Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, disse que a saída de Pontes, logo após o alto investimento feito pelo país em sua formação, não é ilegal.
"Já em termos morais, é outra história", disse."
"Procurado nesta terça-feira pelo “O Estado de SP”, o presidente da AEB Sérgio Gaudenzi se limitou a dizer, por meio de sua assessoria de Comunicação, que Pontes "cumpriu sua missão com a Agência Espacial Brasileira, que era levar o Programa de Microgravidade ao espaço"."

Talvez o grande problema não tenha sido a aposentadoria do astronauta brasileiro, foram escolher logo um que faltava somente um mês de contribuição para pedir a aposentadoria. Será possível que só existe no Brasil uma pessoa capacitada para ir ao espaço e logo o dito cujo está para se aposentar? "Vamo que vamo !!!"

24.5.06

A onda agora é botox!

Pois é meus amigos, quando eu achei que estava surpreso ao ler no blog do Osame um post a respeito do botox como ajuda na cura da depressão (vou cobrar o "márquetingue" einh Osame hehehe), me deparo com uma matéria do Estadão relatando que o botox pode ser usado em benefício masculino.
A novidade é que aplicações toxina botulínica A, popular botox, aliviava os sintomas da hiperplasia prostática benigna (próstata aumentada) melhorando a qualidade de vida do paciente.

Aqui está a matéria completa:

Estudo indica benefícios do botox para a próstata
Fonte: Estadão


O botox reduz o tamanho da próstata por um processo celular chamado apoptose.


ATLANTA, EUA - Quando pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Chang Gung de Taiwan e da Escola de medicina da Universidade de Pittsburgh injetaram a toxina botulínica A - ou botox - na próstata de homens com hiperplasia prostática benigna, uma condição comumente chamada de próstata aumentada, descobriu-se que o procedimento aliviava os sintomas e melhorava a qualidade de vida. Os resultados, baseados num estudo com 41 homens portadores da condição, será apresentado na reunião anual da Associação urológica Americana.

Os pacientes que participaram do estudo, com idades entre 49 e 79 anos, portadores da hiperplasia e apresentando sintomas da doença, receberam injeções de botox diretamente na próstata. Trinta e um deles, ou 75,6%, experimentaram uma melhora de 30% nos problemas do trato urinário e na qualidade de vida. Esses benefícios perduraram por até um ano após a aplicação.
Segundo o médico Michael B. Chancellor, da Universidade de Pittsburgh, o botox reduz o tamanho da próstata por um processo celular chamado apoptose, no qual as células morrem de forma programada.

23.5.06

No consultório...

22.5.06

Foguete brasileiro é lançado com sucesso na Suécia

Fonte: AEB

O foguete brasileiro VSB-30 foi lançado com sucesso da base de Esrange, na Suécia, às 10h da manhã (horário local) da última quinta-feira (11), 05h da manhã pelo horário brasileiro. O veículo alcançou 239 km de altura e proporcionou 5,5 minutos de microgravidade para a realização dos experimentos científicos.
“Essa é mais uma etapa do Programa Espacial Brasileiro que vai, passo a passo, adquirindo o seu lugar entre os países que optaram por buscar domínio do espaço para fins pacíficos”, disse o presidente da Agência Espacial Brasileira, Sergio Gaudenzi. O foguete, feito para atender ao Programa Microgravidade brasileiro, têm sido usado para pesquisas da Agência Espacial Européia (ESA), mediante um convênio entre a AEB e a Agência Espacial Alemã (DLR) devido à confiabilidade do VSB-30. Segundo as equipes envolvidas na operação, o lançamento e o pouso foram um sucesso, com a queda ocorrendo na área prevista. Todos as pesquisas embarcadas foram realizados conforme o previsto e já foram recuperadas. A carga útil é a única parte do foguete que é salva.
Nessa viagem o VSB-30 levou pesquisas de difusão laminar de chamas representativas de incêndios em ambiente de microgravidade, desenvolvimento de um cristal líquido, determinação de parâmetros fisiológicos de “euglena gracilis”; e de mecanismos biológicos sensíveis à gravidade.
Os VSB-30 são feitos pelo setor da Aeronáutica voltado à área espacial, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA). Técnicos do IAE, que trabalham diretamente no desenvolvimento do veículo, participaram da preparação do foguete na Suécia, juntamente com os especialistas das agências espaciais alemã (DLR) e européia (ESA).
O próximo vôo deve ocorrer no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), com experimentos brasileiros, por volta de outubro/novembro. O VSB-30 tem 12,8m, pesa cerca de 2,6t e é capaz de transportar 407kg de carga útil. O primeiro vôo do VSB-30 aconteceu no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) em 2004; o segundo, na Suécia, com três pesquisas da Agência Espacial Alemã (DLR/Moraba).


Estudante brasileiro é premiado em evento de produtos científico e tecnológico nos EUA

Fonte: Agência MCT

Um sistema inovador para dessalinização de água desenvolvido por estudante brasileiro é premiado em duas categorias na Feira Internacional de Engenharia e Ciências (Intel ISEF 2006), nos Estados Unidos. A feira, que terminou na última sexta-feira (12), é o maior evento mundial para projetos científicos e tecnológicos desenvolvidos por estudantes dos níveis fundamental, médio e técnico.
Chamado de Aram (em tupi-guarani, Sol), a técnica se fundamenta na utilização da energia solar convertida em energia térmica para separar o sal da água do mar, e foi idealizado para atender regiões carentes do País.
Denilson Luz Freitas, autor do projeto vencedor, concorreu com 1.450 jovens de 47 países. Natural de Vitória da Conquista (BA), recebeu U$ 2 mil pelos prêmios. E foi o único entrevistado, de fora dos EUA, por Craig R. Barret, presidente do conselho administrativo da Intel Corporation, em sua visita aos estandes da ISEF.
Os critérios das premiações correspondem à relação do projeto com o desenvolvimento e a preservação das fontes hídricas, incluindo hidroeletricidade, construção de materiais, irrigação, conservação da qualidade da água, pesca e preservação ecológica dos elementos hídricos. O Aram destacou-se, ainda, pela criatividade, inovação tecnológica e viabilidade comercial.
O trabalho de Denilson foi selecionado para participar da Intel ISEF 2006 durante a 4ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace 2006), que aconteceu em março último. Esta feira, organizada pela Universidade de São Paulo (USP) por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica, é o maior evento nacional de ciência e tecnologia voltada para estudantes que ainda não ingressaram no ensino superior. O Ministério da Ciência e Tecnologia e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) oferecem apoio institucional há dois anos à Febrace.

19.5.06

Colóquio dos Estudantes

Esta semana teremos a estudante de mestrado do IFT Ana Carolina Machado, ela nos falará sobre "Aplicações da física moderna em medicina".

"...A estreita relação entre Física e Medicina foi intensificada com o uso da Física Moderna no desenvolvimento de técnicas de diagnóstico e de terapia, que estão embasadas nas descobertas físicas dos últimos oitenta anos. O presente trabalho aprofunda os conceitos da Física de Partículas Elementares que estão por trás da Tomografia por Emissão de Pósitron (PET) (técnicas de diagnóstico), da Terapia de Captura de Nêutron pelo Boro (BNCT), usada para tratamento de câncer intracraniano de pacientes em estado terminal, e da Imagem por Ressonância Magnética (MRI). Portanto interessa-nos aqui apresentar mais do que o uso dessas técnicas na prática médica (que será brevemente descrito); interessa-nos, preponderantemente, apresentar como elas dependem de conceitos teóricos e experimentais que foram originalmente desenvolvidos em pesquisa básica, como por exemplo, a descoberta do pósitron, sem a qual não seria possível desenvolver a PET. Além disso, sem o experimento de Stern e Gerlach não teríamos a MRI e sem o desenvolvimento dos aceleradores e também dos reatores o nêutron possivelmente, não seria detectado, portanto, a BNCT não teria base para ser desenvolvida."

O colóquio será realizado nesta sexta-feira, 19/05/06 às 16h30, no Auditório Diógenes de Oliveira (auditório maior) - Instituto de Física Teórica. Aqui você tem um mapa de como chegar ao IFT.
Após o colóquio, haverá o tradicional chá com biscoitos.
Contamos com a presença de todos.

17.5.06

Modelo matemático tenta explicar os cinco sentidos


Cada célula responsável por reagir a estímulos sensoriais - o cheiro de uma flor, o leve toque da brisa primaveril - consegue lidar com apenas uma pequena quantidade de estímulo. Ainda assim, o ouvido humano é capaz de captar e processar sons tão baixos quanto a queda de um alfinete até o estrondo de um motor a jato. Os cientistas vêm tentando explicar como cada uma dessas células de alcance limitado se associa para formar uma rede que possibilita uma ampla gama de experiências sensoriais. Agora, físicos demonstraram como modelos matemáticos que descrevem transições de fase em sistemas físicos também podem explicar os sentidos da audição, visão, olfato, paladar e tato.

Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco, e Osame Kinouchi, da Universidade de São Paulo, aplicaram uma fórmula matemática para demonstrar como uma rede aleatória de "elementos excitáveis", como neurônios e axônios, apresenta uma reação coletiva que é ao mesmo tempo extremamente sensível e de amplo alcance. Quando estímulos sutis chegam à rede, há um aprimoramento da sensibilidade graças à capacidade que um neurônio tem de estimular seu vizinho. Quando fortes estímulos chegam à rede, a reação é igualmente forte, de acordo com as chamadas leis de potência - relações matemáticas que não variam com a escala.

Mas embora um modelo matemático pareça se encaixar a um fenômeno natural, isso não significa que os dois estejam necessariamente relacionados de fato, afirmam alguns cientistas. Em um trabalho publicado em setembro do ano passado na revista BioEssays, Evelyn Fox Keller, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, explica que não é porque os modelos matemáticos ajudam a explicar sistemas físicos, como a densidade de um gás, que eles também se aplicam a sistemas biológicos, mesmo se forem aparentemente consistentes. "Combinar dados disponíveis a distribuições como essas é fácil demais para ser verdade", ela escreve. "Mesmo quando a congruência dos fatos é grande, pouco se acrescenta, ou nada, ao que se sabe sobre a verdadeira arquitetura da rede."

Só o tempo - e as experiências - revelarão a verdade. Copelli e Kinouchi citam uma experiência que pode provar ou refutar sua hipótese. Ratos geneticamente modificados para apresentarem falta de uma proteína que facilita conexões elétricas entre células também não conseguiam enxergar. Os físicos brasileiros acreditam que eles também não sejam capazes de ouvir. O artigo foi publicado na edição de abril da Nature Physics.

Como a opção sexual se manifesta no cérebro?


Um estudo sueco traz novos elementos para alimentar a polêmica discussão sobre a base biológica da orientação sexual em humanos. A neurologista Ivanka Savic e colaboradores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, observaram que, em resposta a um hormônio masculino, o cérebro de mulheres heterossexuais e de homens homossexuais responde de forma similar; da mesma forma, há semelhanças na ativação de regiões cerebrais de homens heterossexuais e mulheres homossexuais em resposta a um hormônio feminino.

Os hormônios usados nos estudos foram o EST (isolado da urina de mulheres grávidas) e o AND (presente no suor masculino), que alguns cientistas acreditam se tratar de feromônios – substâncias que provocam algum comportamento em outros indivíduos da mesma espécie. Os feromônios são conhecidos por governar a atividade sexual de várias espécies animais, mas sua existência em humanos ainda não está confirmada e é motivo de polêmica entre os cientistas.

Os voluntários que participaram do estudo inalaram os hormônios e outros cheiros comuns e foram submetidos a testes de tomografia de emissão de pósitrons, que permitem identificar a ativação de diferentes regiões do cérebro em resposta ao estímulo investigado.

Em trabalhos anteriores, o grupo de Savic havia observado que homens homossexuais e mulheres heterossexuais têm a mesma região cerebral ativada – o hipotálamo anterior – quando cheiram AND. A inalação do EST provoca, nesses dois grupos de indivíduos, a ativação de outras regiões cerebrais, responsáveis por processar os odores comuns. Já homens heterossexuais apresentam o padrão inverso de ativação cerebral.







O novo trabalho do grupo, publicado esta semana na revista norte-americana PNAS, mostra que as mulheres homossexuais diferem dos outros grupos de voluntários: nelas, as regiões cerebrais envolvidas no processamento de odores comuns são ativadas após a inalação de ambos os hormônios. O estudo mostra, porém, que a resposta dessas mulheres é mais parecida com a dos homens heterossexuais, nos quais o hipotálamo só é ativado após a inalação do hormônio feminino, ainda que de forma mais branda.


Os cientistas sugerem que essa ativação parcial pode ser um indício de que o hormônio feminino EST – que foi menos estudado em comparação com o masculino AND – é um estimulador sexual fraco. Outra hipótese do grupo para explicar o resultado postula que a homossexualidade feminina seria diferente da masculina – elas seriam mais “sexualmente flexíveis” do que eles. Mas a autora principal do estudo, em entrevista à CH On-line, deixa claro que essas são apenas suposições.

Os autores são cautelosos ao interpretar os resultados. “As respostas fisiológicas observadas sugerem que a região do hipotálamo anterior do cérebro pode estar envolvida nos processos associados com a orientação sexual humana”, afirma Savic. Mas os estudos não permitem concluir se as ativações do cérebro provocadas pelos hormônios seriam causa ou conseqüência dessa orientação.

Os resultados sustentam a existência de uma relação entre a biologia do cérebro e a opção sexual humana, mas ainda há muito a se descobrir até que se entenda a real natureza dessa relação. O grupo de Savic espera acrescentar novas peças a esse quebra-cabeça – a sueca afirma que sua equipe pretende aprofundar os estudos sobre as mulheres homossexuais.

Fonte: Ciência Hoje

16.5.06

'Overdose' de computador causa trombose, diz ONG

Enviado por Wanderson Wanzeller (IFT):

O programador britânico Chris Simmons começou a sentir uma dor insuportável em suas costas e desmaiou depois de ficar horas diante do computador. O incidente, em setembro de 2004, ficou ainda mais grave quando, dias depois, ele começou a cuspir sangue.
O diagnóstico surpreendeu Simmons: ele tinha sofrido o que os especialistas chamam hoje de e-thrombosis, ou trombose eletrônica. Aos 42 anos, o programador costumava fazer turnos de 12 horas em frente à telinha.

Continue lendo aqui.

Esclarecimento

Eu sei que aqui não é o lugar mais indicado para isto, mas como venho diariamente postando e mantendo o blog acho que tenho obrigação de esclarecer a ausência. Como todos já sabem o clima em "São Pauligdá" não está muito bom, ontem foi praticamente um dia perdido para mim porque existia uma atmosfera de medo e perigo por todos os lados. Tudo ficou pior quando à tarde surgiu o alarme de toque de recolher na avenida Paulista, e por tabela, nas redondezas. Saí daqui muito cedo e fui direto para casa como a maioria do pessoal do IFT. Desta forma, não foi possível postar algo ontem. Quero ainda aproveitar para agradecer porque o número de visitas ao blog se manteve quase igual aos dias normais de postagem. Agora pela manhã de terça a impressão é que tudo está voltando ao normal, mas garanto que a maioria da população ainda está com as barbas de molho e o que se vê na região é uma mistura de deserto e vontade das pessoas voltarem ao cotidiano. Vamos ver como as coisas ficam, mais uma vez somos reféns não dos bandidos, mas da incompetência pública.

Física de São Tomé

Físico da fusão nuclear "a frio" admite confusão

Saiu na Nature: Rusi Taleyarkhan, da Universidade de Purdue, Reino Unido, causou furor em janeiro deste ano, quando afirmou observar sinais de fusão nuclear à temperatura ambiente, vindos de dentro de bolhas em líquidos orgânicos. A experiência dele provaria que é possível gerar energia nuclear limpa, barata e inesgotável.
Taleyarkhan, entretanto, publicou em 2 de maio, na Physical Review Letters, uma errata que abalou sua credibilidade. Ele interpretou seus dados supondo um tipo de detector, quando na verdade usou outro. Os dois tipos de detectores são fabricados com a mesma cobertura protetora .
Brain Narajo, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, EUA, repetiu a experiência e interpretou o sinal como um ruído comum de laboratório. Narajo acredita que a errata favorece a sua hipótese, enquanto que Taleyarkhan mantêm que descobriu um novo fenômeno. A Universidade de Purdue promete divulgar uma análise do caso, até junho.

12.5.06

Colóquio dos Estudantes

Esta semana teremos um colóquio um pouco mais técnico dado pelo o estudante do ift Thiago Rafael Fernandez Perez Tomei, ele nos falará sobre o método Monte Carlo e sua utilização em simulações físicas. Segundo o própiro Tiago:

"...será feita uma revisão das características do método de Monte Carlo. Serão apresentadas, de forma sucinta, a definição do método e
sua utilização para a simulação de um processo físico. Será proposto um modelo onde o referido processo é decomposto em uma série de fenômenos elementares, aos quais são associadas funções densidade de probabilidade. O problema técnico de geração de números aleatórios uniformes - NAUs - será abordado, bem como a geração de números aleatórios obedecendo uma distribuição dada, a partir de uma sequência de NAUs."

Me corrija se estiver errado, mas como alguém que conhece o método de Monte Carlo por seminários posso dizer que o Método Monte Carlo (MMC) é um método estatístico utilizado em simulações estocásticas com diversas aplicações em áreas como a física, matemática e biologia. Inicialmente desenvolvido para o cálculo estatístico de jogos de azar, seu nome é uma referência ao Casino de Monte Carlo. Graças a ajuda do Wanderson Wanzeller, que sempre nos envia posts, não deixarei os leitores neste simples conceito anterior, ele nos enviou um post com uma definição bastante intuitiva sobre o método que serve como primeira leitura para quem se interessa no assunto.

Enviado por Wanderson Wanzeller (IFT):

Em um bar, dois jovens físicos fazem uma aposta: quem consegue calcular a área de um circulo usndo apenas o que se encontra ali, dentro do bar. Enquando o desafiado fica pensando, queimando seu neurônios bolando uma forma para ganhar a aposta do amigo, o desafiante fala pro barman, "oi... sabe aquele alvo que está pendurado ali... quantos dardos tem?". Antes de propor a aposta, o desafiante ja tinha observado que havia uma mesa de sinuca ali ao lado. O barman entrega a ele uma caixa contendo 500 dardos. Perplexo, o desafiado indaga, "pra que tantos dardos??", a resposta veio rápida e debochada "pra ganhar a aposta!!". Ele pegou a caixa, colocou no chão, e com o giz dos tacos da mesa de sinuca dezenhou na parede onde estava pendurado o alvo, um quadrado contendo o alvo dentro. Assim, ficou um "circulo" de raio R inscrito dentro de um quadrado de aresta 2R. Ele pegou os dardos e começou a jogar um a um no alvo. Como sua mira não era muito boa, alguns dardos atingiam o alvo mas outros acertavam o quadrado. Depois de jogar todos os dardos, ele contou quantos haviam acertado o alvo, e fez a seguinte conta

Esta história, exemplifica a essencia do método de Monte Carlo. Todo método de Monte Carlo, envolve o sorteio de uma quantidade aleatória, que na história acima é a probabilidade do dardo acertar o alvo ou não. Este método é empregado nas mais diversas áreas da física, por exemplo no cálculo numérico de integrais, princialmente em d>=4. pois neste caso se destaca sua maior evidência, a diminuição do erro enerente de qualquer cálculo numérico, quando comparado com outros métodos de integração, tal como o método de Simpson. Também podemos utilizar este método em spin models, Lattice QCD, Protein Fold, collider Physics, etc.

Para mais informações informais veja:

http://www.chem.unl.edu/zeng/joy/mclab/mcintro.html
http://stud4.tuwien.ac.at/~e9527412/
http://www-zeus.desy.de/components/funnel/

O colóquio será realizado nesta sexta-feira, 12/05/06 às 16h30, no Auditório Diógenes de Oliveira (auditório maior) - Instituto de Física Teórica. Aqui você tem um mapa de como chegar ao IFT.
Após o colóquio, haverá o tradicional chá com biscoitos.
Contamos com a presença de todos.

11.5.06

Metal líquido. Será?


Diretamente da era espacial, assim como a célula de combustível ou de energia, como preferem alguns, essa tecnologia permite a obtenção de estruturas mais robustas, mais leves e resistentes à oxidação além de serem muito mais maleáveis durante o processo de modelagem. Um sonho real considerado pelos pesquisadores, o primeiro passo na direção de uma nova era do aço.

Desde quando tomamos conhecimento dos metais até a primeira revolução industrial, muitos anos se passaram e a tecnologia envolvida na produção estava apenas sendo anunciada. O conhecimento aprofundado de componentes químicos e a descoberta de nano componentes – partículas apenas percebidas através dos mais poderosos microscópios eletrônicos existentes, cujo tamanho corresponde a bilhonésima parte do metro – permitiu o desenvolvimento de novos compostos, e daí surgiria uma segunda era revolucionária, a dos polímeros – plástico. Mas, como tudo na vida é cíclico, voltamos ao ponto de partida, prontos para uma nova largada, com o domínio da tecnologia de produção de metais líquidos.

As estruturas metálicas conhecidas, hoje, e largamente utilizadas, são responsáveis pela produção de inúmeros compostos como os alumínios, magnésios, titânios e metais-cerâmicos. Com a nova tecnologia dos metais líquidos produziremos “vidros metálicos” – similar ao que é utilizado nas janelas do ônibus espacial. Compostos incrivelmente resistentes a altas temperaturas, com uma dureza e resistência superior, e extremamente fáceis de moldar. Curvas nunca antes imaginadas poderão ser vistas sobre estruturas até cem por cento mais fortes e, dependendo do composto, sessenta por cento mais leves. É a era do metal líquido.

leia na íntegra

Pós-graduação?? por onde começar??

No site da Physicsweb achei um artigo no mínimo interessante. Lembrei de quando terminei a graduação, ahh não faz tanto tempo assim. Lá encontrei o que eu gostaria de ter ouvido quando estava terminando a graduação, apesar de todas as tentativas dos estudantes conhecerem o "o outro lado da força" participando de escolas, iniciação científica, congressos etc, acho que seria instrutivo lê-lo. Claro que também concordo que não exista um manual para se sair bem na pós-graduação, mas talvez passem alguns pontos por baixo do tapete que mereceriam ser tocados. Por exemplo, uma questão fundamental seria como escolher o orientador? Outro dia, digamos num debate informal sobre ciência na sexta-feira depois do expediente, eu e uns amigos chegamos justamente a tal questão: como escolher o orientador ideal? só chegamos na questão mesmo porque a resposta parece ser mais imprecisa que a possibilidade de ter bolsa de pós-doutorado nos dias de hoje rsrs. A imprecisão da coisa vem do fato de que cada um tem sua maneira própria e naturalmente, parece não existir um manual ou um menu para escolha do orientador. Ainda tem a contrapartida de você ser aceito pelo orientador desejado.
As coisas não giram só em torno do orientador, mas também da instituição que se pretende ingressar. Será que ela é capaz de oferecer, ao menos numa porcetagem que você julga aceitável, condições para uma boa formação? O artigo ainda toca no ponto da escolha do projeto, se você tem algumas interrogações na cabeça vale a pena conferir.

Aprenda Física Brincando!

Nesta quita-feira de rede ruim logo de manhã, a única coisa que consegui acessar na net (depois de muito tempo :P) foi o arquivo do blog. Percebi que havia um série de posts idealizada por André Taurines (o "pai" da criança) que já estava mais abandonada que cachorro que caiu do caminhão de mudança. Só para relembrar, a série tinha o propósito de destacar a atuação da Oficina de Educação através de Histórias em Quadrinhos (EDUHQ) idealizado pelo Prof. Francisco Caruso do CBPF e hoje o projeto já tem participação de alunos, professores e bolsistas (veja o post).
Desta forma, procuraremos publicar mais constantemente tirinhas resultantes do projeto e também ressucitar a idéia original do criador.

9.5.06

Nanocoisas 2

Enviado por Celso Nishi (IFT):

Depois de assistir ao seminário sobre "nanocoisas" do Prof. Henrique Toma, perguntei a ele o porque de não se usar compostos orgânicos que já existem na natureza para desenvolver nanotecnologia, já que todos os exemplos de laboratório sobre os quais ele falou continham elementos não orgânicos como titânio (que, com certeza não deve ser comum na natureza!). A resposta a essa pergunta foi um tanto chocante para mim: os compostos/moléculas que existem na natureza não são tão eficientes para realizar suas funções, seja conversão de energia, produção de movimento ou fotossíntese! Mas isso também tem uma razão de ser, se nosso sistema de aquisição de energia (química) fosse muito eficiente, morreríamos todos queimados com a temperatura que isso acarretaria.

Expedição marinha descobre novas espécies no Atlântico

Enviado por Wanderson Wanzeller (IFT):

Uma expedição de pesquisa do Censo de Vida Marinha (CoML, em inglês)
retornou do Oceano Atlântico com pequenos animais que, aparentemente, são de uma espécie desconhecida.
Entre eles estão um plâncton com organismo translúcido, que tem parentesco com algas marinhas, centenas de camarões microscópicos e vários tipos de peixe. A viagem, de três semanas, tinha o objetivo de mapear a vida marinha em todo o mundo.

Leia a matéria na íntegra.

8.5.06

Nanocoisas

Na última sexta-feira houve o colóquio do professor Henrique Toma, atualmente professor titular do Departamento de Química Fundamental do IQ-USP. Como ninguém se manifestou ainda, eu resolvi postar minha opinião sobre o seminário. Não se espantem, aqui fala uma pessoa que sabe muito pouca coisa sobre o assunto. Ele basicamente abordou a atual área que desenvolve no seu laboratório, deu um panorama geral do que está sendo feito no mundo e quais os projetos desenvolvidos por sua equipe.
Confesso que fiquei espantado com a quantidade de informação e dos avanços que estão sendo dados em objetivo de uma vida, teoricamente, melhor para a sociedade usando a nanotecnologia. Digo teoricamente porque, até o momento, não sei se podemos garantir que toda a sociedade que financia os projetos vai ter a oportunidade de aproveitar o melhor de tudo: o retorno para sua vida cotidiana. Entretanto, essa mesma sociedade ainda assim financia quando compra o litro de leite na padaria. Isto se agrava mais quando falo do nosso país porque aqui não temos indústrias que até o momento estão investindo nessa área. Pelo que ele falou, uma das únicas coisas que aqui levam a nanotecnologia seria a substituição de alguns materiais na fabricação de automóveis, a substituição dos metais por plásticos mais resistentes é uma tendência em vigência.
Um dos pontos que chamou mais atenção foi o fato de alguns projetos que envolvem nanotecnologia estarem voltados principalmente para a manutenção de recursos naturais. Por exemplo, ele nos mostrou um projeto desenvolvido pela China que usa a água poluída (enteda com dejetos orgânicos) que poderia ser usada como fonte de energia e devolvia para a natureza um subproduto que era a água limpa. Segundo o professor, esta tecnologia já está em negociação com o Brasil. Outros projetos envolvem a geração de energia limpa, geração de energia elétrica através da luz com o desenvolvimento de fotocélulas de baixo custo e alta eficiência.
Finalmente, se realmente a nanotecnologia avançar para a grande massa, o mundo parecerá muito melhor aos olhos do professor. Claro que devem haver pontos negativos, pena que isto não foi abordado no seminário, não é possível que tenham encontrado no mundo uma tecnologia que não traga "efeitos colaterais". É isso!!

5.5.06

Memória da Ciência

Entre 1984 e 1989, num convênio entre SBPC / RádioUSP / Rádio Cultura / CNPq, foram realizados dois programas de rádio chamados TOME CIÊNCIA e ENCONTRO COM A CIÊNCIA nos quais personalidades da ciência brasileira, como como Milton Santos, Paulo Emílio Vanzolini, Aziz Ab'Saber, Rogério Cerqueira Leite, José Goldemberg e muitos outros eram entrevistados. Finalmente o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia-IBICT/MCT em parceria com a Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro da Escola do Futuro da USP-BibVirt digitalizaram mais de 800 dessas entrevistas e disponibilizaram na internet para quem quiser ouvir ou baixar. As entrevistas se encontram no site CanalCiência e estão agrupadas por áreas temáticas. Vale a pena conferir!!

4.5.06

Colóquio dos Estudantes

O colóquio desta semana contará com a presença do Prof. Dr. Henrique Toma, atualmente professor titular do Departamento de Química Fundamental do IQ-USP e um dos líderes do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia da USP. Também é autor do livro: Mundo Nanométrico: a Dimensão do Novo Século.

O seminário abordará uma reflexão partindo de Schrödinger até a nanotecnologia atual sobre a questão "O que é a vida?" Teremos a oportunidade de, segundo palavras do Prof. Henrrique Toma,

"...buscar uma reflexão sobre a Vida e as
Nanociências, focalizando o papel e a linguagem das
moléculas quando se introduz o sentido da organização e da funcionalidade dos sistemas, a capacidade de reconhecimento e da automontagem, a conectividade com o mundo físico, até, finalmente chegar às máquinas moleculares e aos sistemas inteligentes."


Para aqueles que querem conhecer a visão de um físico sobre o conceito de Vida, o livro escrito pelo célebre físico Erwin Schrödinger entitulado: O que é vida? O aspecto físico da célula viva é uma boa indicação, Schrödinger nasceu em Viena no ano de 1887, foi um dos pais da ciência contemporânea graças ao seu estudo referente à mecância de ondas como parcela da física quântica. Obteve Prêmio Nobel de Física em 1993. Seguindo trilha similar a outros grandes cientistas - Einstein, Heiserberg e Weiszäcker - Schrödinger teve interesses universais, tendo elaborado palestras e artigos sobre uma gama extremamente variada de temas, como ética, biologia e história da ciência. Seu falecimento ocorreu no ano de 1961.

O colóquio será realizado nesta sexta-feira, 05/05/06 às 16h30, no Auditório Diógenes de Oliveira (auditório maior) - Instituto de Física Teórica. Aqui você tem um mapa de como chegar ao IFT.
Após o colóquio, haverá o tradicional chá com biscoitos.
Contamos com a presença de todos.

Para relaxar...

Depois de alguns dias afastado do blog por causa das atividades acadêmicas, retorno com a inauguração de um post que tem a proposta de se tornar semanal. Eu explico: semanalmente os estudantes do IFT promovem um colóquio que carinhosamente é chamado de "coloquinho dos estudantes". O nome já diz tudo, é uma atividade organizada pelos estudantes, sempre na sexta-feira às 16:30hs que tem por objetivo a apresentação de seminários informais sobre os mais diversos temas, científicos ou não. Para se ter uma idéia já foram trazidos temas desde "a física do surf", "a vida em Cuba" até "osteoporose". Esta é uma atividade tradicional no IFT que já é realizada desde 1971, conta com a presença de professores, alunos ou qualquer pessoa interessada e visa favorecer a participação dos presentes. Lembrando que mais tradicional ainda é o chá com biscoitos depois do colóquio. É realizado sempre na cozinha do instituto e lá acontecem as verdadeiras discussões.

A idéia do post será apresentar o tema da semana com um breve resumo e eventualmente a opinião de pessoas entendedoras do assunto. O objetivo final seria, além da interação, ouvir, ou melhor ler, a impressão das pessoas que estiveram no seminário e até provocar o debate do assunto aqui no blog. Ainda hoje estaremos divulgando aqui o primeiro post da série, aguardem!!

1.5.06

A zebra da supercondutividade de alta temperatura (Nature)

A Nature desta semana mostra um padrão zebrado que dura apenas alguns milésimos de bilionésimos de segundo (picosegundos), visto em um supercondutor através do modo como um feixe de neutrons foi espalhado por um pedaço do material.
Os materiais que conduzem eletricidade sem resistência são os supercondutores. O físicos conhecem bem aqueles que funcionam em temperaturas perto do zero absoluto, mas os supercondutores de temperatura “alta” — gelada o suficiente para conservar nitrogênio líquido — funcionam por meio de ações em conjunto dos elétrons do material ainda não entendidas completamente.
A teoria das “listras quânticas” afirma que esses elétrons ficam em um estado quântico estranho que mistura um padrão ordenado de listras com outros desordenados. Esse estado de superposição entre canais certinhos e deltas complicados de “rios” de carga elétrica seria o responsável pela supercondutividade de alta temperatura.

O artigo em pdf da Nature pode ser baixado clicando aqui.

(notícia publicada no site "Universo Físico")