Peixes no Masp
Até saiu na
Folha de São Paulo matéria sobre a palestra do professor William Unruh, na última quarta-feira no Masp. O colunista estava bastando animado com a eloquência do conferencista. De fato, eu vi (pelo jeito o mesmo) seminário dele no Partículas-e-Campos do ano passado e é impossível não achá-lo carismático. Além de parecer o bom velhinho, faz analogias muito boas. Assim, ao explicar os
buracos mudos (regiões de onde o som não pode sair, em comparação com os buracos negros) usando sua conhecida imagem de peixes caindo numa cachoeira, ele se refere à relação orientador-estudante: "Este (peixe) aqui em cima é o professor, o de baixo é o seu aluno de pós-graduação. Agora, imagine que há um ponto, na queda d'água, em que a velocidade da água ultrapassa a do som. E então o aluno lá embaixo tenta gritar para seu professor, dizer que está com problemas em sua tese, mas o som vai até um certo ponto e depois é vencido pela água, e o professor jamais chega a ouvi-lo". Arremata: "Claro, a analogia não é muito boa, porque o professor sempre ouve o que seu aluno tem a dizer." Muito bom!
1 Comments:
De fato, o prof. Unruh tem carisma, e é o tipo de palestrante ótimo para divulgação. Obviamente, sejá lá quem o indicou para ser convidado ao evento do MASP, sabia disso, eh eh...
Por falar em divulgação, o Marcelo Gleiser, que tem uma coluna da Folha, vai estar no Encontro Nacional desse ano, inclusive é ele que vai dar a palestra de divulgação. Ainda não vi o sujeito falando, vamos ver como se sai.
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