A realidade do CSI

A ciência forense nunca foi tão popular: oito séries criminais, entre elas CSI: Crime Scene Investigation e outras do mesmo gênero estão na lista dos 20 programas mais vistos em outubro de 2005. Em uma quinta-feira desse mês, 27% de todos os televisores dos Estados Unidos estavam sintonizados no CSI. Programas desse tipo dão a impressão de que os laboratórios criminais estão bem equipados com técnicos altamente treinados e tecnologia de ponta à disposição, nadando em recursos para solucionar qualquer caso em tempo hábil.
Contudo, o abismo que há entre a percepção do público e a realidade é enorme. Com a popularidade desses programas, muitos vêm reclamando do que está sendo chamado de "efeito CSI". Alguns advogados e juízes têm a impressão de que os jurados que assistem ao seriado - no ar desde 2000 - agora exigem níveis nada razoáveis de provas físicas nos julgamentos.
O boom de séries que abordam a ciência forense foi ironicamente citado até mesmo dentro de um dos episódios de CSI, no qual uma equipe de televisão acompanhava as atividades dos investigadores fictícios. O líder, Gil Grisson, rejeitou a presença do grupo com a alegação de que havia "programas demais de investigação criminal na TV". Muitos advogados e juízes que acreditam que os jurados são influenciados pelo efeito CSI concordariam. Até que ponto isso é verdade?
"Scientific American Brasil"
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