8.5.06

Nanocoisas

Na última sexta-feira houve o colóquio do professor Henrique Toma, atualmente professor titular do Departamento de Química Fundamental do IQ-USP. Como ninguém se manifestou ainda, eu resolvi postar minha opinião sobre o seminário. Não se espantem, aqui fala uma pessoa que sabe muito pouca coisa sobre o assunto. Ele basicamente abordou a atual área que desenvolve no seu laboratório, deu um panorama geral do que está sendo feito no mundo e quais os projetos desenvolvidos por sua equipe.
Confesso que fiquei espantado com a quantidade de informação e dos avanços que estão sendo dados em objetivo de uma vida, teoricamente, melhor para a sociedade usando a nanotecnologia. Digo teoricamente porque, até o momento, não sei se podemos garantir que toda a sociedade que financia os projetos vai ter a oportunidade de aproveitar o melhor de tudo: o retorno para sua vida cotidiana. Entretanto, essa mesma sociedade ainda assim financia quando compra o litro de leite na padaria. Isto se agrava mais quando falo do nosso país porque aqui não temos indústrias que até o momento estão investindo nessa área. Pelo que ele falou, uma das únicas coisas que aqui levam a nanotecnologia seria a substituição de alguns materiais na fabricação de automóveis, a substituição dos metais por plásticos mais resistentes é uma tendência em vigência.
Um dos pontos que chamou mais atenção foi o fato de alguns projetos que envolvem nanotecnologia estarem voltados principalmente para a manutenção de recursos naturais. Por exemplo, ele nos mostrou um projeto desenvolvido pela China que usa a água poluída (enteda com dejetos orgânicos) que poderia ser usada como fonte de energia e devolvia para a natureza um subproduto que era a água limpa. Segundo o professor, esta tecnologia já está em negociação com o Brasil. Outros projetos envolvem a geração de energia limpa, geração de energia elétrica através da luz com o desenvolvimento de fotocélulas de baixo custo e alta eficiência.
Finalmente, se realmente a nanotecnologia avançar para a grande massa, o mundo parecerá muito melhor aos olhos do professor. Claro que devem haver pontos negativos, pena que isto não foi abordado no seminário, não é possível que tenham encontrado no mundo uma tecnologia que não traga "efeitos colaterais". É isso!!