30.8.06

Astrobiologia

Fiquei espantado hoje no seminário que ocorre sempre às quartas-feiras no IFT. Tivemos a presença do Dr. Carlos Alexandre Wuensche, atualmente na Divisão de Astrofísica do INPE. O seminário tratou sobre a possibilidade de existência de vida como um fato comum no Universo. Para quem não ouviu falar em astrobiologia não se espante, é uma área nova e recentemente houve o primeiro workshop no Brasil onde estiveram os "cobras" da área. Ela é a ciência que estuda a vida no contexto cósmico. Seu campo de estudos cobre, sob uma perspectiva otimista, a origem, evolução, distribuição e futuro da vida no Universo, agrupando diferentes áreas do conhecimento, historicamente separadas, tais como Astrofísica, Química, Ecologia, Engenharia, Geologia, Biologia, Física, Ciências Planetárias. A partir da década de 90, com os avanços da microbiologia, das ciências planetárias e com a descoberta de exoplanetas, a Astrobiologia passou a atrair a atenção de um grande número de cientistas de diversas áreas do conhecimento e, com essa associação multidisciplinar, pretende-se estabelecer um conjunto comum de ferramentas para tentar entender a origem da vida, as condições necessárias para seu aparecimento e as possibilidades de existência de vida em outros pontos do Universo.
Óbviamente um tema como este não poderia dispensar uma "metralhada" de perguntas ao seminarista. Tamanho o interesse do público o seminário ultrapassou o tempo previsto e ainda houve um segundo tempo na hora do chocolate. O que mais me chamou atenção foi a existência entre nós de uma bactéria especial (não me façam lembrar o nome científico) que era capaz de sobreviver mesmo dentro do núcleo de um reator atômico. Segundo o Professor, após a quebra do seu DNA ela conseguia se regenerar num tempo médio de quatro horas. Quer saber o mais impressionante??? Não existem registros de antecedentes dessa bactéria no nosso planeta e nem na ciência, ninguém sabe de onde ela veio e muito menos para onde ela vai. A única coisa que se sabe é que a genealogia dessa bactéria converge para um ponto muito próximo da genalogia humana. As atuais teorias devaneiam que ela pode ter chegado até nós por algum cometa, asteróide etc. Mais ainda, estes indivíduos tem uma resistência fenomenal às condições mais drásticas do universo, talvez por isso tenham conseguido chegar até nós.
Agora eu me pergunto: será que é muito distante ao menos suspeitar da existência de vida em outro lugar deste universo? Parece que as coisas estão ficando mais claras.... ou mais escuras...

1 Comments:

At 3/9/06 19:07, Anonymous Anônimo said...

creio que se refiram à Deinococcus radiodurans. Não é tão desconhecida assim, e não se suspeita de alienigenice, que eu saiba, ainda que talvez diga coisas quanto a capacidade da vida em viajar pelo espaço de forma primitiva.

 

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