11.6.06

Colóquio sobre a física nos esportes

Desculpem pelo atraso no post pessoal...

Sexta passada (09/06), recebemos a mestranda em biomecânica pelo IFUSP Maria Isabel Orselli. Como o título do post já diz, ela veio nos falar um pouco sobre a física envolvida em alguns esportes.

O primeiro assunto tratado foi um estudo sobre trajetória de bolas. Nos disse que esse estudo sobre mecânicas de fluido é muito usado no baseball, pois os jogadores usam muitos efeitos para enganar os adversários e esses efeitos dependem muito de como a bola e feita.

A passo seguinte foi discutir os conceitos que modificam a trajetória de uma bola... O efeito magno, que está ligado com a rotação de uma bola em torno de seu eixo, e a crise do arrasto, associada ao deslocamento retilíneo da bola. Para ilustrar a combinação desses efeitos, foi utilizado um chute do Roberto Carlos apresentado em vídeo (melhor exemplo não poderia existir né!)... percebia-se muito bem neste vídeo os efeitos abordados pela palestrante que ressaltou em seguida a importancia da combinação desses dois efeitos e mencionou alguns ddos como a velocidade da crise de arrasto para uma esfera lisa: 72 Km/h. Um outro ponto muito relevante hoje, que é muito polêmico na área, é sobre a forma de fabricação das bolas de futebol, pois como elas atualmente são mais lisas, feitas com menos gomos e consequentemente pouca costura, retardam a crise de arrasto fazendo com que o efeito magno ocorra muito próximo as goleiros, que por sinal têm reclamado muito sobre essas bolas novas! Em contrapartida, foi mencionada a forma de uma bola de golfe (toda rugosa) que permite que a crise do arrasto ocorra sem afetar o efeito magno.


Na sequência, foram abordados dois esportes com saltos: Salto em distância e Ginática rítmica. Nestes esportes os principais conceitos discutidos foram sobre a postura que cada atleta tem que ter para adquirir o seu melhor rendimento. No salto em distancia foi usado como uma boa aproximação para a descrição do movimento do atleta o lançamento de um projétil. Deste estudo conclui-se que o melhor desempenho que um atleta pode ter no take-off, que é a hora em que o atleta transfere o momento da direção horizontal para o momento na direção vertical, é um deslocamento de 25cm do centro massa. Outro ponto que eu destaco é a quantidade máxima que um atleta pode adquirir em um salto: 550 joules.

A apresentação de duas simulações de vídeo, um sobre salto em distância e outro sobre a performance do brasileirinho de Dayane dos Santos foram bem ilustrativos para explicar os conceitos físicos por trás desses esportes com o intuito de melhorar o rendimento dos atletas.

Por fim, já no momento de questões abertas ao público, foi ressaltado a principal finalidade desses estudos que são análises clínicas utilizadas em medicina na prevenção de atletas em geral.
Cito dois artigos sobre os assuntos abordados: A unified model for long and high jump e A aerodinâmica da bola de futebol.

1 Comments:

At 22/5/09 09:40, Anonymous Anônimo said...

Vocês não tem falando sobre a fisica nos esportes não, não é?

 

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