Calças brasileiras "provocam" aids em Moçambique
Esse post nao tem nada a ver com Ciência e sim com Consciência. Achei um absurdo as propagandas publicitárias veiculadas em moçambique associando calças ao vírus HIV.A moda brasileira, muito popular entre as jovens moçambicanas, transformou-se em um assunto polêmico no país africano desde que uma campanha publicitária vinculou as calças justas à propagação da aids.
A campanha foi lançada pela Fundação para o Desenvolvimento das Comunidades (FDC), presidida por Graça Machel, viúva do ex-governante moçambicano Samora Machel e atual esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.
A mensagem do anúncio publicitário é a de que os adultos compram calças importadas do Brasil - conhecidas como "tchuna babes" - para jovens e adolescentes com o objetivo de ganhar "favores sexuais".
Os comerciais possuem frases como "Quem te dá uma 'tchuna babes' também te dá o HIV" e "Com a 'tchuna babes' você também pode ser portadora do HIV".
As calças, vendidas nos mercados da capital e em outros pontos do país e importada do Brasil por comerciantes nigerianos, caracterizam-se por ser muito justas e por marcar o corpo da mulher.
Na última edição da revista local "Domingo", a campanha foi criticada duramente. Para a "Domingo", a campanha indica que, para os criadores dos anúncios, "agora vale tudo".
Moçambique possui uma das taxas mais altas de infecção do HIV na África, calculada em 18% da população de cerca de 18 milhões.
Uma especialista em publicidade, Verónica Jona, atacou duramente a fundação responsável pela campanha: "A FDC perdeu a razão ao fazer este tipo de associação entre calças justa e aids".
Segundo Jona, essa campanha "não é digna de alguém que tenha estudado publicidade". "Também não é coisa de pessoas responsáveis", acrescentou. "Já não sabem como fazer publicidade contra a aids. Agora chegou a fase da desinformação", insistiu.
Para Fabrício Sabat, um estilista moçambicano, o verdadeiro problema da campanha da FDC é que ela conduz a um equívoco.
"Se alguém sai de Maputo rumo às zonas rurais (com alto índice de analfabetismo) dizendo que as 'tchuna babes' estão associadas ao HIV, as mulheres que usam esse tipo de roupa serão vistas como um elemento nocivo dentro dessas comunidades", disse Sabat à Efe.
Esse tipo de calça é tão popular que um cardeal da Igreja Católica, José Alexandre dos Santos, chegou a proibir a entrada de jovens que vestissem esse tipo de roupa nas cerimônias religiosas de sua paróquia. No entanto, as fiéis mais jovens continuaram assistindo à missa vestindo as "tchunas babes" brasileiras.
Segundo o jornalista moçambicano Bayano Valy, "é preciso censurar a publicidade de alguma forma", embora tenha afirmado que neste caso "há coisas sobre as quais ninguém quer falar".
"Todos sabem que as mulheres jovens saem vestidas decentemente de casa e depois passam pela casa de alguma amiga, mudam de roupa e se exibem na rua", opinou Bayano.
A campanha foi lançada pela Fundação para o Desenvolvimento das Comunidades (FDC), presidida por Graça Machel, viúva do ex-governante moçambicano Samora Machel e atual esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.
A mensagem do anúncio publicitário é a de que os adultos compram calças importadas do Brasil - conhecidas como "tchuna babes" - para jovens e adolescentes com o objetivo de ganhar "favores sexuais".
Os comerciais possuem frases como "Quem te dá uma 'tchuna babes' também te dá o HIV" e "Com a 'tchuna babes' você também pode ser portadora do HIV".
As calças, vendidas nos mercados da capital e em outros pontos do país e importada do Brasil por comerciantes nigerianos, caracterizam-se por ser muito justas e por marcar o corpo da mulher.
Na última edição da revista local "Domingo", a campanha foi criticada duramente. Para a "Domingo", a campanha indica que, para os criadores dos anúncios, "agora vale tudo".
Moçambique possui uma das taxas mais altas de infecção do HIV na África, calculada em 18% da população de cerca de 18 milhões.
Uma especialista em publicidade, Verónica Jona, atacou duramente a fundação responsável pela campanha: "A FDC perdeu a razão ao fazer este tipo de associação entre calças justa e aids".
Segundo Jona, essa campanha "não é digna de alguém que tenha estudado publicidade". "Também não é coisa de pessoas responsáveis", acrescentou. "Já não sabem como fazer publicidade contra a aids. Agora chegou a fase da desinformação", insistiu.
Para Fabrício Sabat, um estilista moçambicano, o verdadeiro problema da campanha da FDC é que ela conduz a um equívoco.
"Se alguém sai de Maputo rumo às zonas rurais (com alto índice de analfabetismo) dizendo que as 'tchuna babes' estão associadas ao HIV, as mulheres que usam esse tipo de roupa serão vistas como um elemento nocivo dentro dessas comunidades", disse Sabat à Efe.
Esse tipo de calça é tão popular que um cardeal da Igreja Católica, José Alexandre dos Santos, chegou a proibir a entrada de jovens que vestissem esse tipo de roupa nas cerimônias religiosas de sua paróquia. No entanto, as fiéis mais jovens continuaram assistindo à missa vestindo as "tchunas babes" brasileiras.
Segundo o jornalista moçambicano Bayano Valy, "é preciso censurar a publicidade de alguma forma", embora tenha afirmado que neste caso "há coisas sobre as quais ninguém quer falar".
"Todos sabem que as mulheres jovens saem vestidas decentemente de casa e depois passam pela casa de alguma amiga, mudam de roupa e se exibem na rua", opinou Bayano.
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