Cientistas russos e americanos voltaram a defender, em um artigo divulgado na revista científica Astrobiology, uma teoria de que bactérias encontradas na Terra teriam vindo de Marte, pegando “carona” em meteoritos. Algumas bactérias existentes na Terra hoje têm a habilidade de tolerar a exposição a níveis de radiação extremamente altos, que matariam outros organismos.
O mais estudado micróbio resistente à radiação é o Deinococcus radiodurans. Ele pode tolerar doses de radiação milhares de vezes maiores do que a dose letal para seres humanos e foi apelidado de "Conan, a bactéria" pelos cientistas.
A equipe de cientistas da University of Arizona, nos Estados Unidos, argumenta que essas bactérias só poderiam ter desenvolvido essa habilidade incomum em um planeta como Marte.
Descobertas recentes de água no permafrost (região permanentemente congelada) em Marte e sinais de água abaixo da superfície em regiões de latitude média do planeta fizeram aumentar a esperança de que ele detenha as condições certas para que haja vida, sustentando essa teoria.
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Uma tempestade solar afetou o funcionamento de satélites e talvez tenha causado uma falha em equipamentos da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).A tempestade interrompeu sinais e forçou controladores de missões espaciais a fecharem sistemas para evitar danos às naves espaciais em órbita em torno da Terra.
O fenômeno lançou uma corrente de partículas atômicas em alta velocidade em direção ao planeta. Ele pode também ter causado uma pane no sistema que controla a orientação da ISS no espaço. O diretor de vôo da Estação Espacial, Joel Montalbano, disse a repórteres em Houston, nos Estados Unidos, que níveis incomuns de atividade solar provocaram um aumento na densidade da atmosfera da Terra.
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Linux no Blog
Dica enviada por Carina Maria Zanetti (IFT):
"Texmacs: É um programa do tipo WYSIWYW ("what you see is what you want") para LaTeX. Eu vejo que várias pessoas no instituto utilizam o Scientific Workplace que só existe versão para Windows, e acho que esse programa é uma ótima alternativa para os usuários de Linux."
Hoje está ficando cada vez mais comum o desenvolvimento de editores para latex. O melhor é que estão sendo incorporadas facilidades que agilizam o acesso do usuário no momento de digitar fórmulas, inserir figuras, tabelas etc. Já foi publicado aqui no Blog um post sobre o Kile, o editor do ambiente gráfico Kde. Sempre usei o Kile, mas confesso que existem editores, até mais leves, que estão conseguindo seu espaço na comunidade de usuários. Basta procurar algo no google como "latex editor" e você terá uma lista considerável de opções.
Uma destas opções nos foi enviada por Carina Zanneti: o Texmacs.
O Texmacs inclui um editor simples de texto onde a maioria das funções podem ser acessadas com um simples click do mouse. Possui também um pequeno editor de imagens e uma facilidade que mostra o potencial desta ferramenta: ele pode ser usado como uma interface para álgebra computacional, análise numérica, estatística etc. Na página de desenvolvimento do software existem promessas que nas próximas versões ele venha com um editor ao estilo "excel", vamos esperar.
Abaixo algumas fotografias do editor em ação:
Editor de textos
Exemplo com fórmulas e figuras
Álgebra no computador
Deep Fritz foi melhor que Vladimir Kramnik, dono do título mundial
Chama-se Deep Fritz e é um computador. E venceu o seu adversário humano, o campeão mundial de xadrez, Vladimir Kramnik. A informação é avançada pelo site da BBC Brasil.
Foram seis jogos ao todo. O computador venceu dois e os restantes quatro terminaram com empates. A última partida que durou quase cinco horas foi ganha em 47 jogadas.
O campeão russo, de 31 anos, recebeu 500 mil dólares por participar neste "encontro". Se tivesse ganho tinha recebido o dobro.
No final, Kramnik admitiu estar um pouco decepcionado pela derrota, mas confessou querer voltar a enfrentar Deep Fritz dentro de um ano ou dois. "Com mais tempo para me preparar, tenho mais hipóteses".
Em 2002, Kramnik tinha empatou com Deep Fritz depois de oito partidas.
Mas desde então, o programa de jogos de xadrez foi atualizado.
Pesquisadores da Unesp lançam computador portátil nacional
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) criaram o primeiro protótipo nacional do computador portátil de baixo custo. O modelo, que deverá custar pouco mais de R$ 500, já foi oferecido ao governo para o programa de inclusão digital. O desafio do grupo foi
criar um computador com baixo custo, mas com tecnologia de ponta.
No laboratório da Unesp, em Bauru, o trabalho, que começou um ano atrás, deu resultado. "Ele é um equipamento popular, de baixo custo, totalmente multimídia, capaz de reproduzir MP3, passar vídeo e está preparado para a TV digital que vem aí. Pode servir como um pequeno PC também", afirma o pesquisador Eduardo Morgado. Uma das propostas dos pesquisadores era tornar confortável a utilização do equipamento. A máquina é leve - pesa 450 gramas - e não precisa de mouse. Os comandos são simples, ou seja, tudo foi feito para facilitar o uso, mesmo de quem não está acostumado a lidar com computadores.
O projeto, inédito no Brasil, pretende atender principalmente aos estudantes. "Acima de tudo, oferecer recursos como leitura de livro eletrônico, objetos educacionais, navegação na Internet", explica o estudante Daniel Igarashi. "Tudo isso é o futuro." Os detalhes do projeto podem ser encontrados no link abaixo:
http://www.ltia.fc.unesp.br/cowboy/
Regulamentar a profissão de físico é idiotice ou não?
Esta semana o post da regulamentação da profissão de físico promoveu algumas opiniões interessantes nos comentários. Uma das que mais me chamou atenção foi uma que indaga exatemente o título deste post.
Pelo que já li a respeito, quando se regulamenta uma profissão, ao mesmo tempo em que cria uma espécie de reserva de mercado aos componentes de determinada profissão pois lhes destina com exclusividade determinadas funções, o Estado também transfere a competência de fiscalizar o exercício dessa profissão aos próprios profissionais que a integram. Sendo assim, ao visitarem qualquer local de trabalho, os fiscais do Ministério do Trabalho terão competência tão somente para fiscalizar o exercício das profissões não regulamentadas, pois a fiscalização do exercício das profissões regulamentadas, como é o caso da nossa e de tantas outras que possuem lei própria, cabe a cada um dos CONSELHOS REGIONAIS respectivos, como é o caso do CREA, CRM, OAB e assim por diante. Para prover esses órgãos de recursos financeiros suficientes ao cumprimento de seus fins, toda lei que regulamenta uma profissão prevê que cada profissional integrante daquela categoria deve contribuir com o pagamento de uma ANUIDADE a essas entidades.
Claro que este é um tema polêmico. Como tal, pontos positivos e negativos esquentam ainda mais o assunto. Abaixo alguns pontos que são defendidos pela maioria das classes que reinvidicam a regulamentação das suas profissões.
Pontos contra a regulamentação:
- corporativismo: o exercíco da profissão é fiscalizado pela própria classe e não pela sociedade a quem cabe servir;
- cartorialismo: para exercer a profissão é necessário o pagamento de taxas regulares;
- reserva de mercado: somente os afiliados à classe podem exercer a profissão. Hoje em dia é dificil estabelecer a fronteira entre quem pode exercer a profissão e quem não pode exercer;
- uma tendência pela desregulamentação das profissões.
Pontos a favor da regulamentação:
- estabelecimento de uma ética profissional;
- establecimento de normas técnicas;
- denominação da profissão Físico;
- o desejo da profissão não ser controlada por conselhos de classes estranhos;
E você? já tem opinião formada a respeito???
"...ser ou não ser, eis a questão..."
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DO FÍSICO (Comissão de Regulamentação da Profissão de Físico)
Via Sociedade Brasileira de Física o panorama atual da regulamentação da profissão de Físico.
Isto mesmo!!! para quem não sabia, ser Físico significa "ser nada" para nossas leis trabalhistas.
E o que eu faço com os quatro anos de graduação mais dois de mestrado mais quatro de doutorado e não sei quantos ainda não computados anos de pós-doutorado???
A seguir encaminhamos algumas informações sobre o andamento do processo de regulamentação da profissão de Físico.
1) Em Dezembro de 2005 encaminhamos o projeto da Comissão da Regulamentação de Físico, amplamente discutido no âmbito da SBF, para a Deputada Federal Luíza Erundina, do PSB de São Paulo, que havia se comprometido conosco a submeter o projeto para apreciação pela Câmara de Deputados.
2) Sem nosso conhecimento, em maio de 2005, provavelmente a partir da discussão na SBF sobre o projeto, que estava aberto na nossa rede, o Senador Crivella, do PRB do Rio de Janeiro apresentou um projeto de Lei de regulamentação da profissão de Físico (PLS 00159-2005).
3) Ao tomarmos conhecimento do projeto, a SBF teve a iniciativa de procurar a Deputada Erundina e também o Senador Paulo Paim na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), onde estava sob sua apreciação o projeto do Senador Crivella.
4) Em 9 de março o Senador entregou minuta de parecer favorável. Em 6 de junho, antes da apreciação do parecer do Senador Paim, a Comissão de Assuntos Sociais achou por bem pedir o parecer da Comissão de Educação (CE), que nomeou o Senador Gilberto Mestrinho, do PMDB-Amazonas, relator do projeto.
5) O projeto teve parecer contrário do relator. A SBF teve acesso ao teor do parecer .
6) No âmbito da Câmara, o projeto elaborado da SBF foi encaminhado para a Comissão de Participação Legislativa. Seguindo parecer da Consultoria Jurídica da Câmara do Deputados, o projeto foi modificado com a exclusão de artigos relacionados à criação dos Conselhos de Física (Federal e Regional), porque eles devem ser criados por iniciativa do executivo (via Ministério do Trabalho e Emprego). Espera-se que o projeto de lei tenha tramitação no início da próxima legislatura.
7) A diferença principal entre os projetos é que o do Senador Crivella traz uma lista de atribuições conferidas aos físicos, sem menção a outros profissionais, enquanto o da SBF especifica que o físico poderá exercer determinado conjunto de atividades, sem que haja prejuízo para o exercício das mesmas por outros profissionais igualmente habilitados.
8) O parecer do Senador Mestrinho baseia-se em duas vertentes, a suposição de que o projeto do senador Crivella estabelece a exclusividade de funções para físicos, com a consequente impropriedade de estabelecer reserva de mercado em algumas atividades e outro sobre um possível conflito de atribuições entre Legislativo e Executivo no que se refere à formação de Conselhos profissionais. Conforme amplamente discutido entre os físicos o argumento de exclusividade não está presente em nossa proposta, enquanto as considerações sobre o Conselho foram corrigidas na nova versão do projeto da SBF.
9) Os dois projetos deverão se encontrar ao longo da tramitação, e modificações serão admitidas de modo que possa ser aprovado um texto final único. É importante, tanto que o projeto proposto pelo Senador Crivella não seja rejeitado pelo Senado, como que o projeto da SBF tenha rápida tramitação na Câmara. Nesse sentido, solicitamos aos sócios da SBF que concordam com a regulamentação da profissão, que enviem mensagens ao senador Paulo Paim e à Deputada Luiza Erundina, manifestando apoio ao projeto apresentado pela SBF.
10) A SBF irá argumentar junto às comissões do Senado (CAS e CE) para que o projeto do Senador Crivella seja adequado às considerações da Câmara sobre os Conselhos Federal e Estaduais e aprovado naquela instância para ser então apreciado pela Câmara.
11) Pedimos que os sócios que tenham acesso a parlamentares, preferencialmente no âmbito da CAS e da CE que enviem mensagens solicitando apoio ao projeto em sua versão atual.
- ANTE-PROJETO SBF – REGULAMENTAÇÃO DO FÍSICO
- Lista dos Senadores Membros da Comissão de Assuntos Sociais – CAS
- Lista dos Senadores Membros da Comissão de Educação - CE
A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, anunciou que planeja dar início à construção de uma base permanente na Lua, depois que forem retomados os vôos tripulados para lá, agendados para 2020.A base, que provavelmente será construída no pólo sul do satélite natural da Terra, deve servir como ponto de apoio para vôos tripulados para Marte. A escolha do pólo como local para a base é devida às temperaturas mais amenas e por causa da maior exposição à luz do sol, vital para a geração de energia.
Os fundos para custear a operação seriam transferidos do projeto dos ônibus espaciais, que devem ser desativados em 2010. Anualmente, a Nasa recebe cerca de US$ 16 bilhões (aproximadamente R$ 34,7 bilhões). A Nasa ainda não determinou como será a estrutura da base, quais seriam os afazeres dos astronautas nem uma data para o início das suas operações.
Reservas
Os cientistas acreditam que os pólos lunares contenham reservas de hidrogênio, gelo e outros materiais que poderiam ser usados na manutenção da base e na sobrevivência dos astronautas. Os Estados Unidos já tinham anunciado planos para desenvolver uma nova espaçonave para fazer vôos tripulados à lua, suspensos desde 1972, quando a nave Apollo fez sua última missão. Um sistema de comunicações entre a Terra e a Lua também deve ser desenvolvido. A Nasa não planeja, no entanto, bancar o projeto sozinha. Os Estados Unidos querem procurar países e empresas que estejam interessados em participar do plano e eventualmente fornecer equipamentos de geração de energia, alojamento dos astronautas e transporte na superfície lunar. Até hoje, 13 países e a Agência Espacial Européia trabalham como parceiros da Nasa no projeto chamado Estratégia de Exploração Global. Em agosto passado, a agência anunciou que a empresa americana Martin Lockheed faria parte da construção de uma espaçonave para levar passageiros à Lua.
por Paulo Murilo Castro de Oliveira
Tenho dois assuntos a tratar neste texto.
Primeiro assunto. Ouvi falar, mas não quero crer, que a CAPES aumentou para 1.5 o limite do parâmetro de impacto das revistas consideradas em suas avaliações. Ouvi falar, e quero crer menos ainda, que o CNPq seguirá o mesmo rumo.
Segundo assunto. Estamos vivenciando uma explosão de pequenas fraudes científicas, em todo o mundo. A forma mais comum e amena, mas nem por isto menos grave, é a submissão do mesmo trabalho a mais de uma revista simultaneamente, de forma proposital, às vezes disfarçado com textos ligeiramente modificados. Como editor e árbitro tenho pessoalmente presenciado este caso com frequência cada vez maior. Felizmente, não tive acesso a nenhum episódio que envolva brasileiros. Infelizmente, há notícias de fraudes mais graves ocorrendo no país, muitas provenientes do uso do CV Lattes por instituições diversas para efeitos de promoções, gratificações, etc. O sujeito preenche o CV Lattes com dados falsos, espera a avaliação, e depois apaga.
A primeira relação entre estes dois assuntos é a preocupação que me causam, a má influência de ambos no desenvolvimento científico nacional. Espero convencer o leitor, no entanto, que estes dois assuntos são interligados.
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Vale a pena ler o texto na integra. Visite o link acima
A "resposta" do CNPq pode ser lida aqui